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Ambiente Maia
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Agricultura

Tanto a produção vegetal como animal são responsáveis por uma parte das emissões antropogénicas de GEE e são severamente afetados pelas alterações climáticas. A agricultura depende dos solos, da água, da luz e do calor apropriado para fornecer a maior parte dos alimentos e tecidos de todo o mundo. Num clima em mudança, a agricultura irá testemunhar alterações significativas em várias regiões, não sendo os seus impactes iguais em todo o mundo. Os países mais pobres, menos flexíveis e mais sujeitos à fome – onde de encontra uma grande parte da produção agrícola mundial – serão também os países mais prejudicados.

O aumento da temperatura faz com que:

  • A duração do período de cultivo e as datas de floração e colheita dos cereais ocorram mais cedo;

  • Algumas culturas de verão possam ter de passar a ser cultivadas no inverno;

  • Aumentem as perdas de rendimento derivadas de culturas que não se conseguem adaptar;

  • Haja uma maior proliferação de insetos e ervas daninhas invasivas.

As ondas de calor, a redução da precipitação, o consequente stress hídrico e os fenómenos meteorológicos extremos, prejudicam a produtividade agrícola e o seu respetivo rendimento. Existem, no entanto, algumas técnicas que se poderão utilizar para reduzir os impactes das alterações climáticas, como escolher culturas que sejam mais resistentes à seca e ao calor, ajustar a rotação das culturas em função da disponibilidade de água e ajustar a data das sementeiras em função dos novos padrões de temperatura e pluviosidade.

 

Os frutos e vegetais são menos nutritivos, mas mais caros:

O excesso de dióxido de carbono está a acelerar o processo de fotossíntese, o que faz com que as plantas cresçam com mais açúcar e menos cálcio, proteína, zinco e vitaminas importantes, alterando o seu valor nutricional. Por outro lado, as culturas também são afetadas pelas secas, o que acarreta prejuízos e faz aumentar os preços, como aconteceu em 2006 com o trigo. O café, o milho e o cacau são outros exemplos de culturas que tendem a escassear com as alterações climáticas e, no caso português, já estão a ser tomadas medidas de adaptação para manter a produção vitivinícola.