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Inteligência Artificial - Maia lança desafio ao Eixo Atlântico

Inteligência Artificial - Maia lança desafio ao Eixo Atlântico
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23 Fevereiro 2018
Desafio lançado por Silva Tiago na Assembleia Geral do Eixo Atlântico:
Maia quer Centro de Investigação de Inteligência Artificial

O presidente da Câmara Municipal da Maia desafiou, esta sexta-feira, os autarcas do Eixo Atlântico a apoiarem a criação de um Centro de Investigação de Inteligência Artificial no concelho, para o qual a autarquia já tem terreno disponível. António Tiago falava no decorrer da Assembleia Geral do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular, que decorreu precisamente na Maia, e que contou com a presença do ministro do Ambiente, Matos Fernandes, na sessão de encerramento.

A reunião magna teve como um dos principais pontos da ordem de trabalho o Programa para 2018, do qual se destaca o Plano de Ação da Agenda Urbana para o Noroeste Peninsular, que deve começar a dar os primeiros passos num fórum agendado para 15 de março próximo na Corunha.

A Agenda Urbana do Eixo Atlântico é a primeira a ser aprovada na União Europeia e pretende ser um “documento orientador das políticas públicas” para o território do Norte de Portugal e da Galiza, tendo em conta quatro áreas prioritárias: a cidade do futuro, o desenvolvimento económico e o emprego, a coesão territorial e a configuração do espaço euro-regional.

A este propósito, no seu discurso como de autarca do município anfitrião, o presidente da Câmara Municipal da Maia defendeu que os 37 municípios que compõem o Eixo Atlântico serão “mais fortes e mais eficazes se unirem esforços ao nível da investigação, da inovação e do crescimento económico sustentado, capaz de gerar riqueza nos seus territórios”. Nesse sentido, manifestou a “disponibilidade da Maia para cooperar ao nível da investigação e da inovação”, lançando um repto aos presentes para que “avaliem o interesse de partilhar a criação na Maia de um Centro de Investigação de Inteligência Artificial”.

Já o presidente do Eixo Atlântico, o espanhol Alfredo Garcia, aproveitou a presença do ministro do Ambiente, para enumerar algumas das ideias debatidas na reunião, concretamente, a necessidade de recursos financeiros provenientes do Fundo de Coesão, a melhoria das infraestruturas ferroviárias e rodoviárias daquela região transfronteiriça e a conclusão infraestrutural do Caminho Português de Santiago até ao próximo Jacobeo, em 2021.
Alfredo Garcia não esqueceu ainda o flagelo dos incêndios florestais do último verão. “Temos que ser capazes de estabelecer uma cooperação estreita entre os serviços de emergência de Portugal e da Galiza porque o fogo não conhece fronteiras”, defendeu.

O ministro do Ambiente português aproveitou para enfatizar “o papel que as cidades podem ter no contributo de resolução dos problemas ambientais”, congratulando-se com a Agenda Urbana já aprovada pelo Eixo Atlântico. João Pedro Matos Fernandes afirmou ainda que um dos objetivos da política do seu ministério é “criar nas cidades laboratórios vivos para a descarbonização” e aproveitou para destacar a candidatura da Maia a esse programa, manifestando “disponibilidade para estabelecer essa parceria” com a cidades que compõe o Eixo Atlântico.

Refira-se que o Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular é uma associação transfronteiriça de municípios, criada em 1992, com o apoio da Comissão Europeia, que integra as 37 principais cidades da Euro-região Galiza-Norte de Portugal.